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1 de dezembro de 2022

A Tempestade

Ruge com violencia o temporal desfeito.

Relampagos cruzam o ar nesta hora,

Em que o meu coração soluça no peito

Emquanto nos olhos uma lagrima aflora.


Pelos vidros da janela, ouço lá fora

O uivar do vento que passa satisfeito,

Tudo devastando; e á arvore que chora

Reviravoltas dar faz de todo o geito.


As horas se escoam silenciosamente...

E eu sem dormir á espera que amanheça.

Um raio cae alem. Cruzes! A cabeça


Lateja-me de dôr... E garbosamente

Surge o primeiro raio do sól matinal

Amainando enfim o terrivel temporal.


1932

ARION WERNECK (meu avô)

Diário da Tarde (16/12/1932)

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