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1 de dezembro de 2022

MOPY

Ao cãosinho que fugiu de casa


Por toda a estrada -- sobre escolhos

Da Vida andei, E ainda hoje sigo

A buscar por toda a parte de olhos

Lacrimoso, o rastro de um fiel amigo.


Em vão o procurei. E já desanimado

Retroceder queria, quando o acaso

Fez com que te encontrasse abandonado

Ao léo da sorte, no maior descaso.


Tiritavas de frio pobre cãosinho

E eu compadecido de tua sorte,

Levei-te á minha casa e com carinho


Fiz de ti um amigo, bom rafeiro.

Mas ainda hoje interrogo com voz forte:

-- Porque me abandonaste companheiro?


Set. 1932


ARION WERNECK (meu avô)

Diário da Tarde (26/10/1932)

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