Com muita satisfação, apresento meu primeiro romance: Peace and Love, Inc.
Gosto de chamá-lo de uma estória de pós-amor pós-cyberpunk. Seria até seu subtítulo, se não fosse toda a discussão que encontrei sobre o que seria exatamente o pós-cyberpunk, em que não quis entrar.
Desde meu primeiro contato com o gênero cyberpunk, fui fisgado. Não sei o que ocorreu primeiro: se foi assistir Blade Runner, jogar Shadowrun no SNES, ou quando ganhei o complemento GURPS Cyberpunk. A partir de então, boa parte de minha imaginação e pessimis*COFF, COFF, realismo, concentrou-se em como seria o futuro com os avanços da tecnologia e o retrocesso da sociedade.
Em paralelo, como adorador de histórias, gosto muito de músicas que contam histórias, ou para as quais se imagina uma história facilmente. Quando ouvi o álbum Peace and Love, Inc., o meu favorito da banda Information Society, eu conseguia imaginar facilmente cenas de um filme futurista ao som da banda.
Sempre senti muita proximidade entre Information Society e o gênero cyberpunk, mas nunca encontrei muita gente identificando isso. Estranho.
Acelerando para tempos mais recentes, o amigo Lielson Zeni me contou de um projeto chamado Mojo Books, de textos escritos inspirados por músicas. Aquilo ficou na minha cabeça, me fazendo pensar: qual música me dava ideia para uma estória?
Então me lembrei não só de uma música, mas de um álbum inteiro.
Demorei pra pôr a ideia em prática, quando propus para mim mesmo o desafio: conseguiria criar uma estória que ao menos evocasse cada uma das canções do álbum, na ordem em que estavam, a ponto de eu poder usar seus nomes para os capítulos?
Iniciei apenas em 2017, concluindo a primeira versão só em 2019. Apesar de terminado, não fiquei contente. Era, afinal, meu primeiro romance, e a concretização de uma ideia que fermentava na minha cabeça desde jovem.
Fiz uma imersão no gênero (que até vazou pro blog nesta, nesta e nesta postagem), estudos de tecnologia e toda uma experiência de processo criativo incluindo worldbuilding, detalhamento de perfis de personagens e mapa de estrutura cultural e narrativa.
Estou confiante que consegui. Ao mesmo tempo, consegui aprender muito sobre o gênero, além de satisfazer vontades futuristas e ânsias distópicas, e inserir referências a granel.
Estou tão satisfeito com o resultado que já estou trabalhando em uma continuação.
Espero que gostem! Bem-vindos ao século XXII!
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